ESPAÇO DO EDUCADOR


Como lidar coma a indisciplina na escola
As estratégias usadas atualmente por grande parte dos professores para lidar com a indisciplina têm sido desastrosas e estão na contramão do que os especialistas apontam ser o mais adequado.
Se a repreensão funcionasse, a indisciplina não seria apontada como o aspecto da Educação com o qual é mais difícil lidar em sala de aula, como mostrou outra pesquisa, da Fundação SM, feita em 2007 com 3,5 mil docentes de todo o país.
"O problema é que as intervenções são muito pontuais e imediatistas. O resultado é uma piora nas relações entre alunos e professores e, consequentemente, no comportamento da turma".

FALTA DE AUTORIDADE

O que se espera da escola é conhecimento. É isso que faz o aluno respeitar o ambiente à sua volta. Se a aula está um tédio, o aluno vai procurar algo mais interessante para fazer.
Existem duas regras a serem discutidas: Regras morais e regras convencionais.
O que são regras morais?
São aquelas de cunho de caráter, que desde cedo precisa ser construído.
Não mentir é um exemplo clássico de regra moral. O princípio ético em jogo, nesse caso, é a honestidade. Trata-se, portanto, de um preceito inegociável. Quando algum aluno mente, a solução passa por uma boa conversa - prática imprescindível já na Educação Infantil. Desde essa fase, é importante explicar para a criança como se sente o colega que foi enganado e mostrar que isso é errado.
Pergunte:
"E se fosse com você?
O que são regras convencionais?
São aquelas que impõe algo a nivel social.
Regras convencionais, por sua vez, têm seu fundamento na negociação e na clareza de definição. Tome o exemplo da conversa. Mesmo numa sala que está barulhenta porque os jovens realizam um trabalho em grupo - e em função disso trocam ideias sobre um tema proposto -, o silêncio será necessário em algum momento. É preciso estar acertado que, quando um aluno ou você precisarem da atenção, o grupo deve parar para ouvir o que será dito. Também são consideradas regras convencionais não usar boné ao se alimentar, ir para escola sempre de uniforme.

DIDÁTICA INADEQUADA
Não adianta exigir que os alunos cumpram as tarefas se a estratégia de ensino e o tema não dizem nada a eles.
Ficar irritado, gritar e castigar os que não se comportam como você quer - atitudes autoritárias e retrógradas - não adiantam nada. Quando se tenta impor disciplina, a submissão e a revolta aparecem.
"Hoje, isso não se sustenta mais.
O mundo é outro".

Seu papel na construção é conhecer como se dá a aprendizagem e, com base nessa compreensão, planejar as aulas, além de ter segurança sobre o conteúdo a ser trabalhado. A medida parece muito básica - e é. Ela vale para manter a disciplina e para chegar ao objetivo principal:
Fazer com que todos aprendam!
Os caminhos também não são nada que esteja fora de seu alcance. "É preciso diversificar a metodologia, pois interagimos com alunos conectados ao mundo por diferentes redes e ferramentas".
Vale promover mais participação de todos em situações desafiadoras que deem protagonismo a cada aluno.
PROMOVA A COOPERAÇÃO

O clima pautado na colaboração e no respeito é mais eficiente porque não expõe as crianças,  ao medo das sanções.

VALORIZE A AUTONOMIA

Uma aparente indisciplina,  pode, na verdade, ser uma maneira de o aluno dizer que quer fazer as coisas de um jeito diferente.
Pensem, reflitam, criem os seus critério, dentro de uma coerência para a construção de valores para nossos alunos! Lembrem-se as sansões nem sempre são adequadas.
Raquel Pereira Rosa
Diretora Administrativa Pedagógica
Acanto Creche Escola